
Você já passou horas diante do computador tentando escrever sua dissertação, tese ou artigo científico... mas tudo que consegue é um texto difícil de entender, repetitivo e sem força argumentativa?
Técnicas de Escrita Científica para Melhorar sua Clareza e Argumentação (A dor de escrever muito e dizer pouco)
Essa é uma realidade comum entre estudantes de graduação, mestrandos, doutorandos e até professores universitários. A escrita acadêmica exige não apenas conhecimento técnico, mas também clareza, coerência e poder de argumentação — habilidades que não são ensinadas de forma prática nas universidades.
Este artigo vai direto ao ponto. Você vai aprender técnicas de escrita científica que vão:
- Melhorar a clareza textual dos seus textos;
- Deixar sua argumentação mais sólida e convincente;
- Aumentar suas chances de aprovação, publicação e reconhecimento acadêmico.
1) Estruture seu texto com lógica científica (não literária)
Na escrita acadêmica, forma é conteúdo. Um texto sem estrutura clara perde força — mesmo com boas ideias. Por isso, o primeiro passo é organizar o pensamento com uma estrutura lógica padrão:
- Introdução: delimitação do tema, problema, objetivo e justificativa;
- Desenvolvimento: revisão teórica, metodologia, resultados e discussão;
- Conclusão: fechamento lógico, síntese dos achados e sugestões.
🔎 Dica prática: Use o método 5W+1H para construir sua introdução:
What, Why, Who, When, Where, How. Isso garante foco e contexto desde o início.
2) Argumente com método: use o modelo em escada
Um erro comum é escrever por “inspiração” e confiar apenas na intuição. A escrita científica exige técnicas argumentativas que estruturam o raciocínio.
Use o modelo em escada, baseado em quatro degraus:
- Afirmação: sua tese ou ideia principal;
- Explicação: contexto e detalhamento da ideia;
- Comprovação: dados, autores, citações científicas;
- Aplicação: como isso se manifesta no objeto estudado.
🎓 Exemplo:
“A BNCC reconhece a educação digital como competência essencial (afirmação). Essa diretriz propõe que alunos desenvolvam pensamento computacional e uso crítico da tecnologia (explicação). Segundo Kenski (2012), a mediação tecnológica amplia o protagonismo do aluno (comprovação). Isso se confirma nas experiências de professores da rede X durante a pandemia (aplicação).”
3) Clareza é prioridade: simplifique sem perder rigor
Não escreva difícil. Escreva científico.
A clareza textual é uma exigência da boa ciência. Um artigo denso, cheio de termos rebuscados, pode impressionar — mas não comunica. E se o leitor (ou banca) não entende, não há aprovação.
📌 Boas práticas para clareza:
- Frases curtas (20-25 palavras no máximo);
- Evite jargões desnecessários;
- Prefira voz ativa e conectores claros (além disso, portanto, assim, por outro lado);
- Use parágrafos enxutos com uma ideia central cada.
💡 Dica EDUC: Revise seu texto imaginando que será lido por um colega de outra área. Se ele entender com facilidade, o texto está claro.
4) Reescrever é escrever: abrace a revisão estratégica
Muita gente escreve e tenta “fechar o texto” de primeira. Mas a qualidade da escrita científica nasce na reescrita. É no processo de revisão que se depuram argumentos, ajustam estruturas e se garantem clareza e coerência.
📘 Método 3R da EDUC:
- Revisar: leitura geral em busca de fluidez e lógica;
- Reescrever: ajustar trechos confusos ou redundantes;
- Refinar: corrigir gramática, formatação e estilo.
🎯 Programe ao menos 3 ciclos de revisão antes da entrega.
5) Use modelos e frameworks confiáveis
A falta de clareza muitas vezes vem da falta de modelo para se basear. Não reinvente a roda. Use frameworks validados que já ajudam milhares de pesquisadores:
📌 Modelos recomendados:
- Introdução (5W+1H)
What, Why, Who, When, Where, How - Parágrafo Argumentativo (TAC)
Tese → Argumento → Conclusão - Revisão Teórica (CAM)
Contexto → Autores → Movimento crítico
6) Evite travar: técnicas para manter o ritmo de escrita
Um bom texto nasce da escrita constante — e não de maratonas de última hora. Para manter o ritmo:
- Estabeleça metas semanais de palavras escritas;
- Escreva mesmo sem inspiração (você pode revisar depois);
- Evite revisar enquanto escreve (escreva livremente, depois volte);
- Use a técnica Pomodoro (25 min de foco, 5 min de pausa).
🎯 Escrever é hábito, não evento.
Escrever bem é escrever com método
A escrita científica não precisa ser dolorosa ou travada. Com as técnicas certas, você transforma sua produção em um texto claro, coeso e academicamente forte — e se destaca em meio à multidão.
Ao aplicar os modelos de introdução, parágrafo argumentativo e revisão estratégica, você aumenta suas chances de aprovação, publicação e reconhecimento.
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